Venero arrazoar no adverso que nem sempre é o desfavorável,
no antagônico, no dessemelhante, no não “ser”, no não lugar, no contraste, no equívoco,
no profano, no anormal, no inferno, no demônio, nos espaços não visitados
porque não são bem vistos pelas pessoas. Mas esperem um pouco, porventura, quem
são as pessoas para dizerem o que é bem visto ou não? Refletir sobre tais
possibilidades incomoda os conservadores, aqueles que reproduzem a opressão e o
sistema que financia a impossibilidade do pensar.
Discursamos do nosso pedestal preconceituoso, para emitir
juízo extremamente tendencioso, abordando: moral, ética, bom, ruim, certo,
errado, grande, pequeno, feio, bonito, preto, branco, sim, não, enfim...
Partir da minha realidade para ditar quais caminhos precisa
ser percorrido para que alguém se encontre na existência, é talvez uma tentativa
perigosa de nos posicionarmos como um Superior Tribunal que não tem Corte acima
dele que o julgue, por isso, diz-se, Soberano. Porém, no que tange a dias atuais
não tem nos parecido ser um Tribunal tão Supremo e Soberano assim.
Ildeilson Santos
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